Design é design e estética é estética, simples a diferença, percebem? Hm?
Design é projeto, estética é o sentimento.
Quando uma pessoa olha pro site e diz: “Esse menu está feio, o design não ficou legal”, ela não está fazendo uma crítica ao design, mas sim à estética (o que é muito relativo, pois a percepção de beleza pra um pode não ser a mesma pra outro). Agora quando esta pessoa diz: “Não consigo achar o link pro contato, que droga isso… Está mal feito”, agora ela está criticando o projeto, a concepção, o design.
Os conceitos do belo seguem o rumo da apreciação, da fruição e da busca pelo juízo universal, pela verdade última de sua definição.
Desde a idade media nos deparamos com filósofos que se esforçam para criar uma idéia fixa do que seria o belo.Santo Agostinho, São Tomas de Aquino, Descartes, Leibniz...logo surgia outro rumo da sociedade, os racionalistas e os empiristas, entravam em conflito.
A beleza até então era algo que a razão não poderia compreender, a arte era quem transpunha o incognoscível absoluto e pelos símbolos trazia o ideal para o real. O que tornava a arte apreciável até então era o prazer do deleite com o belo, a influência moral que exercia sobre natureza humana.
Assim surge Kant, o último grande filósofo do Iluminismo, onde critica o belo objetivo da antiguidade. "Se o juízo estético é subjetivo, por que pede validez universal?"
Seguiremos a linha de pensamento de Kant, onde o juízo estético é oriundo do sentimento, e funciona no ser humano como intermediário entre a razão e o intelecto. A função da razão é prática, já a função do intelecto é elaborar teorias sobre os fenômenos. Os fenômenos que são percebidos pelos sentidos através da intuição, transformam-se em algo compreensível o que permitiria a emissão de um juízo estético. A percepção de um objeto ou fenômeno que instiga a sensação de prazer provoca a fruição ou gozo e a essas sensações damos os nomes de belo, bonito e beleza. A questão do belo seria então algo subjetivo, e por ser subjetivo é livremente atribuído, sem parâmetro, fundado na “norma pessoal”. São os sentimentos oriundos das sensações agradáveis que emitem o juízo do belo, induzindo o desejo de permanecer usufruindo tais sensações. O interesse imediato diante das sensações prazerosas é a continuidade.
Compete ao designer primariamente pensar as funções estéticas e simbólicas dos produtos, mediante as outras funções destes produtos que vão atender as necessidades e desejos do usuário. Sendo tão somente estes processos dinâmicos e participativos de uma comunicação estética entre o design e o usuário, e que por este motivo se submetem a uma constante avaliação subjetiva de conceitos e normas pertinentes ao processo da estética.
Estética esta que se desenvolve com processos distintos e variáveis. Vale lembrar que o conceito de estética é proveniente da palavra grega “aiesthesis" e está relacionada a percepção sensorial (estética dos objetos),a ciência das aparências e a importância que o objeto adquire para o usuário como parte de um sistema sócio-cultural (estética de valor).
O design do produto está inter-relacionado diretamente com a estética desejada pelo usuário, bem como, as funções estéticas do produto. Estes elementos atrelados ao conceito central da estética do objeto, as funções práticas, a comunicação por meio da gestalt do objeto - forma, cores, material e superfície - compõem o que podemos denominar de criatividade. por Eduarda
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